sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Liberando o Karma Familiar



por Fernanda Luongo


"A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade".
Terceira Lei de Newton.

Quando ainda somos apenas pequeninas crianças dependentes de nossos pais, muito da nossa percepção de mundo e da própria construção de nossas personalidades é, digamos assim, emprestada. Tendemos a absorver, imprimir e incorporar profundamente as impressões passadas por eles a nós, de forma que passamos a acreditar (quando adultos) que aquelas ideias, valores, reações etc. são genuinamente nossas.

     

Da mesma maneira, nossos pais absorveram de nossos avós os modelos que (agora) nos são passados, e assim podemos constatar que os padrões chamados de kármicos são mais antigos do que imaginamos. Códigos de conduta, ética, moral, valores religiosos, conceito de bem e mal, bem como pré-disposições genéticas a determinados tipos de doenças, a padrões de comportamento, pensamento e reação são passados adiante e tendem a se repetir assim como um disco riscado numa vitrola, até que alguém resolva AGIR de forma diferente. 

Usando o exemplo da vitrola: até que alguém resolva desligar a vitrola, ou mudar o disco!

Esta carga familiar, por mais pesada que seja, pode ser modificada a qualquer momento, bastando para isso despertar para esta realidade. 

Quando percebemos que não estamos fazendo opções livres de influências externas, quando percebemos que estamos reagindo a determinada situação da mesma forma que nossas mães, pais, avós, quando nos damos conta que nossas escolhas estão se baseando no externo (opiniões e expectativas alheias) e não no nosso íntimo, já podemos nos parabenizar, pois a primeira lâmpada para a libertação foi acesa! A partir desta constatação mental, podemos seguir adiante com o próximo passo: a manifestação material, ou seja, AÇÃO.

Foi dada a largada. O caminho agora está livre para acomodar o novo, bastando para tal a manifestação de ações transformadoras. E essas ações são colocadas em prática no íntimo. Não adianta querer mudar o pai e a mãe, os avós, os filhos... A mudança tem que ser feita dentro de nós.

Para que os padrões kármicos familiares sejam quebrados, basta que apenas UM membro da família resolva mudar. Basta que apenas UMA pessoa resolva romper com aquela gravação hipnótica repetitiva. Basta que apenas UM ser humano rompa com as algemas da ilusão e liberte-se da escravidão do ego. Basta mudar o mecanismo de reação inconsciente para uma pró-ação consciente.





Se o medo foi uma das bases fundamentais da sua família (e ele é a base da maioria), com confiança e Amor (a força oposta) pode-se iniciar um processo completamente transformador a partir de você.

Todos os outros serão afetados por esta mudança, pois o rompimento do padrão ressoará em sua teia familiar. Aquela música que tocava durante séculos não tocará mais. Porém, cada um responderá à sua maneira. Muitos poderão permanecer inertes, outros poderão oferecer tremenda resistência à mudança, e outros ainda poderão criar uma verdadeira revolução a fim de restituir a antiga realidade. Obviamente cada qual viverá de acordo com a realidade que escolher, afinal, cada um é responsável por sua própria vida, visão e evolução. Porém, este pioneirismo deixará uma marca indelével no currículo da família, de forma que em algum momento, tocará outro membro positivamente, nem que seja de uma próxima geração. 

Basta que um resolva acordar, evoluir e mudar a gravação. 

Nós não mudamos os outros, nós apenas podemos mudar a nós mesmos, porém, o nosso despertar influencia e estimula o despertar das outras almas ligadas diretamente ou indiretamente a nós.

Pergunte-se a si mesmo qual é a canção familiar que você tem escutado durante os últimos anos? Será que ela lhe agrada? Será que não está na hora de trocar o *heavy metal por um jazz? 

Ao invés de reagir à música que tem tocado nas últimas décadas seja proativo e mude o disco!

*nada contra o estilo musical heavy metal - usei como exemplo de uma música mais pesada (como o próprio nome já diz, em inglês heavy quer dizer pesado) em detrimento de uma mais leve (o jazz).





quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cromopuntura


Óleo de Massagem Huile de Bain & Massage Tonifiante aux 3 Huiles Essentielles
por Cris Ventura

Eu estava muito cansada, gripada e com dificuldade de me comunicar. Vivia uma fase de dedicação total ao trabalho e tinha a sensação de que não podia deixar escapar nenhuma ideia. Registrava tudo que vinha à cabeça no computador ou num caderninho vermelho que carrego sempre comigo. Foi então que encontrei uma terapeuta que me sugeriu um tratamento com cores. Como adoro uma novidade, fui fazer uma sessão com o Beamer Light Pen, que é uma combinação de aura-soma com a tradicional medicina chinesa. Trata-se de uma caneta (semelhante a uma lanterna de mão) que acopla uma das ampolas do kit de aura-soma (composto por vários frascos). Cada ampola contém extratos de ervas, energias dos cristais e das cores dos óleos Equilibrium da aura-soma.

Primeiro, eu me sentei e direcionei a minha atenção para o meu corpo com a ajuda da respiração mais profunda. Após essa conexão eu sorteei - com os olhos fechados - 3 ampolas que foram colocadas na caneta, uma de cada vez, e suas luzes foram direcionadas para os chakras, pontos de acupuntura, meridianos e outros pontos do corpo determinados pela data de nascimento, de acordo com o calendário Maia.





ENERGIAS DA COR E DA LUZ


Conforme fui recebendo a sessão, fui sentindo uma onda de relaxamento e uma vibração que resultou em arrepios pelo corpo e alguns bocejos (que indicam limpeza). E senti uma paz interna, uma energia de renovação, uma sensação de bem-estar. Segundo Aurea Balbi, a terapeuta, a união da energia da cor e da luz durante a sessão potencializa o equilíbrio do corpo e da mente, eliminando perturbações em todos os níveis.

Ao término da sessão, que durou aproximandamente 50 minutos, Aurea me revelou o significado kin do calendário Maia (cada pessoa tem seu Kin, como um selo, uma característica, que é descoberto por meio da data de nascimento e informa 13 pontos no seu corpo que serão trabalhados com a luz do beamer e, em seguida, a interpretação das minhas ampolas. A primeira foi com um tom forte de azul sobre outro azul com a seguinte mensagem: "Estabelece contato com a verdadeira paz interior" e favorece o contato com a criatividade e a intuição, e ajuda em problemas relacionados à concentração e fala, além de purificar a aura. Como tinha contado no início do texto, eu estava com problemas de comunicação nesse dia.

O meu segundo frasco tinha um belo azul misturado com um branco cristalino e me recomendou a libertação de limites com a frase "Encontrar uma paz tão profunda a ponto de aceitar calmamente tudo que a vida põe em seu caminho". No momento estou aceitando todas as ideias que surgem na minha mente, no meu coração e na minha jornada, pois tenho prestado muito mais atenção aos sinais, aos sonhos e à minha intuição.

O terceiro e último frasco tinha um maravilhoso verde-esmeralda sobre um verde-claro com o tema: "Aprendendo a compreender o propósito da vida". Novamente a mensagem de superação de medos e a ligação com real propósito da vida. E, cada vez mais, tenho certeza que estou no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa. O verde traz alegria e harmoniza o corpo e a alma.



SENSAÇÃO DE BEM-ESTAR


No dia da sessão e nos dias seguintes me senti muito melhor, mais focada e com a energia renovada. Mas continuei trabalhando muito. Já fiz a minha segunda sessão, dessa vez deitada. Tirei um frasco repetido do azul com branco cristalino que recomenda a paz, outro violeta que fala da força interior e do resgate do corpo físico (pois é, continuei cansada pelo excesso de trabalho) e o último laranja que representa o resgate do corpo etéreo e que ajuda na orientação espiritual e acalma a inquietação da mente. Portanto, além da incrível e imediata sensação de bem-estar, tenho a mensagem muito clara de que estou a serviço da minha verdadeira missão e que necessito de paz interna e externa para continuar. E é para isso que existem as terapias, como o Beamer Light Pen, que nos ajudam a seguir em frente, sem medo do futuro e com o foco no presente.

O tratamento com o Beamer Light Pen tem resultado numa única sessão, mas pode ser ainda melhor com uma sequência semanal de 4, 6 ou 10 sessões, dependendo do caso. Todas as pessoas podem se beneficiar da terapia, independente da idade. Pode ajudar na saúde, na recuperação de traumas ou choques, para despertar a intuição, para relaxar. Nos dias das sessões é recomendado beber muita água para ajudar na limpeza e na renovação da energia do organismo.





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mulheres Maçom em 1939



De origem do Grande Oriente da França, Ordem maçônica masculina fundada em 1728 que aceita e reconhece a mulher como maçom em todo mundo.

As Lojas femininas trabalhavam no Brasil em conjunto com a maçonaria masculina do GOB até 1949 após essa data seguiram sozinhas até a data presente. Se você quer ser uma maçom leia o site e mande e-mail para gof@maconariafeminina.org.br

V.´.D.´.U.´.L.´.D.´.S.´.J.´.J.´.P.´. 

G.O.F

"Grande Oriente Feminino do Brasil"
de
Lojas maçônicas exclusivas para mulheres

Nosso trabalho principal é no Brasil, pois somos brasileiras, mas temos laços de amizade maçônica em todo mundo incluindo trabalhos em Portugal, França, Inglaterra e Grécia.  Nossa Loja principal fica no estado de São Paulo capital, mas temos nossas Lojas em todo país. Nas cidades onde não existe Lojas inicialmente fundamos Triângulos maçônicos que são locais de reunião de maçons.

Além de Lojas  temos doze triângulos maçônicos em todo país; futuramente serão Lojas exclusivas para mulheres maçons. Nossa secretaria e chancelaria de sindicâncias para ingressar na maçonaria, fica na cidade de Campinas SP.

Esclarecemos no texto abaixo questões sobre a maçonaria exercida por mulheres e apresentamos de onde vem nossa autorização para exercer o título real de maçom feminina.

A maçonaria não é religião, seita ou coisa semelhante, nem está ligada a elas.
Somos entidade cívica e nada fazemos as escondidas; se temos segredos é parte para manter nossa organização livre de corruptos e interesseiros.

Os segredos tão falados da maçonaria são palavras de passe para reuniões; só entra quem tiver essas palavras ou senhas. Alguém que tentar se infiltrar ou andar fora dos nossos preceitos de lealdade, honestidade e ajuda ao próximo, não conseguirá entrar nas nossas reuniões. Podemos dizer com certeza que só permanece conosco pessoas retas e dignas.

Nossa Grã-Mestra, a Sereníssima Ir. Lu Collins diz:

"Se eu precisa-se definir o que é maçom diria que é alguém comprometido com a honestidade, somos assim". Lu Collins.´.

Nossa origem


Existe no mundo duas Grandes Potências Maçônicas que deram origem a maçonaria mundial e ajudaram a organizar e juntar todas as outras Lojas maçônicas que já existiam.

Juntas, elas englobam e tornam regulares e legitimas toda a maçonaria verdadeira do mundo, mas pelo fato de funcionarem segundo ritos adaptados a seus países e crenças, deram origem a duas Potências mundiais.

Dessas duas maiorais, uma é o Grande Oriente da França www.godf.org da qual nascemos maçônicamente.

Outra é união das chamadas, Grandes Lojas da Inglaterra.www.ugle.org.uk/. Com muito orgulho viemos de Lojas do Grande Oriente da França que é a mais antiga Potência maçônica da Europa, e do mundo, por tanto, somos provenientes de maçonaria regular e legitima antes mesmo da maçonaria existir no Brasil. 

Essa garantia de legitimidade també é reconhecida de registros datados de 1832, escritos pelo nosso Patriarca da Independência, o Grão Mestre e Grão Soberano Ir. José Bonifácio de Andrada e Silva. Documentos que estão (guardados) no Palácio maçônico do GOB em Brasília.

O Ir. José Bonifácio escreve que a origem da maçonaria no Brasil vem do Grande Oriente da França, trazida por maçons que foram até aquele país para estudar.

Nossa Grande Loja Mãe é da mesma Potência maçônica que deu origem ao Grande Oriente do Brasil, que hoje é filiado e reconhecido como maçonaria regular pela Grande Loja Unida da Inglaterra constituída em 1815. Tendo sido formada pelas modernas e mais antigas e grandes maçonarias escocesas, inglesas e irlandesas, originadas em 1736.

A maçonaria antiga teve seu principio antes mesmo dos Essênios por volta de 5.000 anos atras, mas foi organizada como nós conhecemos a partir do ano de 1650 D.C., e somente tornou-se universal e reconhecida como única e legítima após ser regularizada por conta de Leis redigidas em 1723 (segundo demarcos) marcação, Landmarks.

Uma parte da maçonaria regida por essas duas maiores Potências do mundo, marcou na Lei que só poderia aceitar como legítimos maçons quem acredita-se em Deus, excluindo as mulheres os deficientes, soldados rasos, escravos, negros e outras pessoas que não acreditassem no Deus dos Hebreus e Deus dos Cristãos.

Já outra grande e maior parte das Lojas e maçons existentes pelo mundo, organizaram-se para participar dessas Leis, mas não aceitaram apoiar uma única verdade, visto que, a maior e mais antiga associação de maçons da Europa que foi organizada em 1728, recomendava liberdade total de crença e diferenças de pensamentos, aceitando todas as pessoas como merecedoras de pertencerem a maçonaria, independente de qualquer coisa. Viam as mulheres como iguais, visto que a esposa de Napoleão Bonaparte foi Grã-Mestra, e ajudou o Imperador organizar a maçonaria na Europa e no mundo, bem como, aceitando trabalhar também a Glória do Grande Arquiteto do Universo ( Deus, D'us, etc.), mas sendo também adogmática, aceitando ateus e pessoas tidas como diferentes, de outras etnias e outros pensamentos.

O GOF frances percebeu que para conviver pacificamente com várias partes do planeta, e a fim de combater injustiças e exatamente as desigualdades, demonstrou que somos todos merecedores de tratamento igual, independente de credo, cor, sexo, estética, religião, nivel social, opção política ou de classe.

Esse é o motivo da discussão do por que a mulher não é reconhecida como maçom por uma parte das Grandes Lojas da Inglaterra, o tempo passou, e essa maçonaria tradicional da Inglaterra que era contra mulheres e outros diferentes, exercitou a tolerância, aceitando a apoiando as chamadas lojas de adoção, onde as mulheres tinham suas próprias reuniões maçônicas.

Inclusive aqui no Brasil até 1942 o Grande oriente do Brasil aceitava as mulheres maçons que se reunião em Lojas femininas sob orientação de uma mestre maçom para cada Loja. Voltaram atras e extinguiram as Lojas de adoção no mundo todo.

"A grande notícia é que a maçonaria mesmo que tivesse um dono, um PaPa, ou Presidente mundial, jamais conseguiria impedir que as mulheres se organiza-sem como maçons; a maçonaria é uma respeitável organização justamente por saber que não existe uma só verdade, por isso, acreditamos nessa Ordem, como séria e imparcial". Lu Collins.´. mestra-maçom

Razões das perseguições e intolerâncias:

Podemos considerar que muitas coisas injustas aconteciam numa época onde existia inquisição, e o homem de fato não era livre, nem sequer tinha noção do que era liberdade e quem mandava eram reis, ditadores e grande lideres religiosos e injustos, que temerosos de perder seus poderes, tornaram-se amantes da espada e da guerra, sendo que até o ano de 1821 queimavam pessoas em fogueiras.

Ainda hoje em 2011 estamos vendo pela tv os déspotas ditadores não querendo abrir mão de seus governos e mandatos, usando a força dos exércitos contra a população cívil, dizendo que a culpa da mortes de crianças e civís é dos rebeldes que querem tomar o poder; fazem isso para conseguirem comover a população para que aceite que eles tem que permanecer no poder.

A maçonaria cuida para que eles não voltem nunca mais a oprimir a população; e faz isso sem uso de armas, somente pelo apoio a democracia. Volta e meia, de um modo ou de outro eles e seu seguidores tentam ressurgir, mas nós fazemos nossa parte em sigilo.

Lembramos que ainda hoje existem paises que por conta recomendações religiosas continuam apedrejar pessoas até a morte por causa de leis para inibir o adultério e mutilam pessoas provocando horrores em nome de guerra santa, etc., lembrando recentemente as que usam o terror como fizeram em onze de setembro nas torres gemeas. A maçonaria combate a ignorancia, pois todas essas atrocidades são cometidas por pessoas que teimam em enxergar o mundo somente segundo sua ótica e interesses pessoais não enxergando de fato outra possibilidade, e insistindo que seu ponto de vista é o correto; isso chama-se intolerância. 

Então, por favor, não estranhe alguns religiosos de religiões e regimes de ditadores serem em parte avessos a maçonaria, pois que ela sempre foi contra mentiras de algumas delas, combateu filosoficamente o clero quando foi injusto e ajudou derrubar ditadores; atuando sempre sem uso de armas, somente com inteligência sem privar a liberdade do próprio homem enxergar seus erros por si-mesmo.

Leitor tenha idéia de como a maçonaria foi e é importante para manter a liberdade do ser humano e aproveitando para dizer que os maçons nada tem contra religiões e políticos e sim contra os abusos de qualquer parte e pessoa.

Em nosso meio maçônico já tivemos todo tipo de autoridades maiores, inclusive Papas e principalmente chefes de estado, ainda temos muitos padres, reis e Presidentes que cooperam junto a maçonaria com seus graus maçônicos a bem da verdade.

A maçonaria foi justamente a responsável por permitir que o homem fosse livre de verdade, se depende-se de homens ignorantes a mulher e o povo não seria nada, além de um objeto; mas a justiça é que, a maioria dos homens são bons e junto desses, damos as mãos.

Por tanto, nossa origem é dessa Ordem Maçônica, vinda da França respeitada pelas outras, e que se não foi mãe direta de Potências conhecidas, foi responsável em parir o que se conhece como Respeitáveis Grandes Lojas que se juntaram e são Unidas.

Sendo assim, se nossa Grande Loja Mãe francesa não deu origem diretamente a todas maçonarias, inspirou-as com ações e pensamentos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

E com essa virtude nascemos, hoje somos Potência brasileira da maçonaria exclusiva de mulheres. Sua iniciação será feita depois de cumpridas etapas, incluindo reuniões de instrução que são sindicância para conhecê-la melhor. Após isso, será instalada como membro de Triângulo maçônico onde aguardará momento oportuno de ser iniciada numa de nossas Loja maçônicas femininas; caso não exista Loja na sua cidade será iniciada em outra, mas até isso acontecer será nossa afilhada e deverá frequentar Triângulos maçônicos na sua cidade e onde mais puder ir.

O que é Triângulo Maçônico


O propósito dos Triângulos e formar Lojas maçônicas femininas onde não exista.

E local onde se reúnem maçons e interessados na arte real que não é loja maçônica, mas toda Loja maçônica sem exceção antes de ser reconhecida como Loja, leva o nome de Triângulo Maçônico, pois é frequentada por maçons; e somente depois de cumprido requisitos superiores de uma maçonaria regular ou independente recebem sua autorização provisória de fundação e depois sua carta definitiva de Loja maçônica constituída tornando-se A.´.R.´.L.´.S.´.

Continue conosco, para se afiliar é só mandar e-mail para gof@maconariafeminina.org.br





terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O Misticismo Judaico Revelado




por Texto Daniel Schneider

No princípio, Deus criou os céus e a Terra. "Faça-se a luz", e a luz foi feita. Depois, Deus criou o homem e o chamou Adão. Findos os 7 dias da Criação, o Senhor viu que tinha feito algo bom. O homem habitava o paraíso e tinha contato direto e constante com Ele. E daí Deus resolveu passar ao homem toda a sabedoria da cabala. "Adão conhecia a cabala", dizem alguns praticantes. O assunto, porém, é controverso entre os próprios cabalistas. Teria o conhecimento da cabala sido passado de Adão a seus descendentes até Noé, depois até Abraão, Moisés e em seguida aos grandes mestres históricos, que selecionavam rigorosamente aqueles que estariam aptos a ser seus discípulos?

Não há consenso sobre o momento em que a cabala foi revelada ao homem, mas todos os cabalistas concordam que o ensinamento sagrado veio diretamente do Criador, assim como os 613 mandamentos judaicos contidos na Torá, a bíblia judaica, que os cristãos chamam de Pentateuco. "A cabala é além do tempo, ela não tem nem começo nem fim", diz o rabino israelense Joseph Saltoun, ex-professor do Centro de Estudos da Cabala, em São Paulo, e que hoje leciona em Vancouver, no Canadá.


Mas, afinal, o que é a cabala? 

Bem, para tornar mais simples a tarefa de explicar, vamos começar dizendo o que ela não é. Ok, cabala NÃO É religião, autoajuda, superstição, magia, bruxaria, sociedade secreta, meditação, adivinhação, interpretação de sonhos, ioga, hipnose ou espiritismo, embora possa estar relacionada a todas essas coisas. 

Agora fica mais simples entender o que a cabala É: um conjunto de ensinamentos sobre Deus, o homem, o Universo, a Criação, o Caminho, a Verdade e coisas afins; uma revelação de Deus para o homem. "Ela nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o objetivo de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo", diz Marcelo Pinto, representante do centro de cabala Bnei Baruch no Brasil. "O ser humano tem muitas questões, e a cabala é um caminho espiritual que permite trazer de volta o elo com a verdadeira origem de tudo", explica Ian Mecler, professor de cabala no Rio de Janeiro e escritor de livros como O Poder de Realização da Cabala (Editora Mauad). Para Shmuel Lemle, professor da Casa da Cabala, também no Rio, "nada acontece por acaso. Existem leis de causa e efeito. Assim como existem leis físicas como a lei da gravidade, existem leis espirituais".

Independentemente de quando a cabala tenha surgido, o modo como a conhecemos hoje é o resultado da transmissão desses ensinamentos por meio da tradição judaica. A palavra cabala (????, em hebraico, cuja pronúncia mais próxima do original é "cabalá") significa receber/recebimento. A cabala é uma forma de misticismo, pois ensina que é possível ao homem ter contato direto com esferas superiores da realidade, ou mesmo com manifestações do próprio Criador. Portanto, de um modo simplificado, a cabala é o misticismo judaico, ou a corrente mística ligada à tradição do judaísmo, para ser mais exato.



União com o criador

Grosso modo, a cabala está para o judaísmo assim como o gnosticismo está para o cristianismo e o sufismo está para o islã. Gnosticismo e sufismo são as correntes místicas ligadas respectivamente às tradições cristã e muçulmana. Como misticismos, essas 3 correntes têm muito em comum (veja o quadro da página ao lado). A maior parte das diferenças está no modo de transmissão do conhecimento, adaptado à tradição em que aquele tipo de misticismo se desenvolveu. Esse raciocínio não vale apenas para as 3 religiões chamadas abraâmicas (por serem todas herdeiras do patriarca Abraão) mas também para as místicas orientais, como hinduísmo, tao e budismo, além do zoroastrismo na Pérsia, só para citar as mais conhecidas.

Se a cabala é um tipo de misticismo, talvez seja o caso de explicar: o que é misticismo? Em poucas palavras, é a crença na possibilidade de percepção, identidade, comunhão ou união com uma realidade superior, representada como divindade(s), verdade espiritual ou o próprio Deus único, por meio de forte intuição ou de experiência direta em vida. Na intenção de atingir esse tipo de experiência, as tradições místicas fornecem ensinamentos e práticas específicos, como meditação e aperfeiçoamento pessoal consciente. Nosso foco nesta reportagem, a cabala, não é exceção. Para entender melhor, vamos dar uma espiada no passado?


Tradição oral

Seja qual for o primeiro e privilegiado homem a ter recebido o conhecimento esotérico da cabala, ninguém discute que os ensinamentos foram transmitidos oralmente ao longo de muitas gerações, até que alguém resolvesse eternizá-los na escrita. Os primeiros escritos conhecidos com referências a esses ensinamentos datam do século 1. São livretos reunidos numa coleção chamada Heichalot ("Os Palácios"), que versam sobre os passos necessários para ascender evolutivamente através de 7 palácios celestiais, com ajuda de espíritos angelicais. 

Mas os livros mais importantes da cabala são o Sefer Yitizirah (Livro da Criação) e o Zohar (Livro do Esplendor), ambos de origem incerta. O primeiro teria sido escrito no século 2, mas seu autor é desconhecido. No caso do Zohar, a situação é ainda mais complexa. Para alguns cabalistas, ele foi escrito pelo rabino Shimon bar Yochai, também no século 2. A maioria dos estudiosos, porém, acredita que o Livro do Esplendor seja de autoria do escritor judeu-espanhol Moisés de León, que divulgou os manuscritos no século 13.

Embora o Sefer Yitizirah e o Zohar concentrem em suas páginas os principais ensinamentos da cabala, é importante lembrar que a Torá é tão importante quanto eles. Isso porque, segundo a cabala, a Torá contém ensinamentos preciosos codificados dentro do texto sagrado - decifrar esses ensinamentos ocultos é, por sinal, um dos principais propósitos do misticismo judaico. Uma das maneiras de interpretar a bíblia hebraica é recorrer a códigos e números: a guematria, a face matemática da cabala , atribui valores numéricos a cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico. A ordenação dessas letras no texto bíblico seria uma das maneiras que Deus teria encontrado para revelar ao homem os segredos do Universo.

As interpretações da Torá são tão importantes que foram divididas em 4 níveis de profundidade. O 1º nível, Peshat, é aquele com que todos leitores estão acostumados, mais simples, que compreende o sentido literal do texto. O 2º, Remez, já considera os significados alegóricos da linguagem (alusões). No 3º nível, Derash, entram comparações entre trechos similares e metáforas. O último nível seria aquele que compreende o sentido secreto e misterioso da mensagem divina: Sod. Juntos, os nomes das interpretações já possuem um significado próprio. Combinando-se as primeiras letras de cada um, obtém-se a palavra PaRDeS, que significa paraíso e remete à finalidade última do esforço de interpretação. Isto é, ao finalmente compreender a mensagem que Deus colocou nos textos sagrados, o cabalista receberia de volta o conhecimento do paraíso, como se lhe fosse devolvida a chave para retornar ao Éden, do qual Adão foi expulso por desobediência. "É como uma gota retornando ao oceano, de volta à realidade divina. Não é um processo fácil", diz o rabino Leonardo Alanati, da Congregação Israelita Mineira.


Mestres e discípulos

Durante séculos, especialmente após a destruição do Segundo Templo em Jerusalém pelos romanos, no ano 70, a sabedoria da cabala foi cuidadosamente transmitida "por mestres iluminados somente a pequenos grupos de seus discípulos mais brilhantes e inspirados", conta Alanati. Os discípulos ideais eram homens maduros (mais de 40 anos), pais de família, de comportamento exemplar e ávidos por descobrir os segredos do Universo. Não eram muitos, portanto, aqueles que se tornavam mestres e davam continuidade à transmissão do conhecimento oral. 

Para boa parte dos cabalistas, as restrições tinham uma razão clara: o público não estava preparado para receber esses ensinamentos. "Esse é o principal motivo para a transmissão restrita", opina Mecler. "Hoje, a evolução da ciência ajuda a compreender muitos dos ensinamentos antigos", diz. Mas o motivo de tanto segredo não era somente a escassez de discípulos ideais. Em diversas épocas, por razões diferentes, os judeus foram proibidos de professar publicamente sua fé - a perseguição aos cabalistas atingiu o clímax no século 16, durante a Inquisição espanhola (veja reportagem na página 56). Além disso, "a cabala contém uma reinterpretação revolucionária do texto bíblico, que usa uma simbologia complexa e uma linguagem ambígua", diz Alanati. Por causa disso, em muitas ocasiões os cabalistas foram considerados hereges. Até hoje, o estudo da cabala é condenado por várias vertentes do judaísmo.

Entre o período final da Idade Média e o fim da Idade Moderna, houve um ressurgimento da cabala. No século 13, o Zohar foi distribuído pelo escritor espanhol Moisés de León; no século 16, os conhecimentos foram sistematizados pelo místico Moisés Cordovero, um dos sábios a se refugiar na cidade israelense de Safed; em seguida, Isaac Luria divulgou novas interpretações dos ensinamentos, que foram espalhados por vários mestres pela Europa, fazendo da cabala a teologia dominante em círculos escolásticos e no imaginário popular judaico; e, no século 18, o rabino Baal Shem Tov fundou o hassidismo, variante ortodoxa do judaísmo que ensinava uma versão mais "fácil" da cabala. De todo modo, "a essência é a mesma há 4 mil anos", diz Mecler. "O conhecimento não muda, assim como as leis da física não mudam. Muda só a forma de transmitir", diz Lemle.

Hoje, com o advento da internet, o conhecimento da cabala é acessível a qualquer interessado, ainda que de forma simplificada. "Estamos prontos, então a hora chegou", conclama Lemle. Nos séculos 20 e 21, foram feitas diversas traduções do Zohar para o hebraico moderno (o idioma original é o aramaico) e para o inglês (não existe uma versão completa em português). Mas o fator que mais contribuiu para a popularização da mística judaica foi a recente adesão (desde a década de 1990) de celebridades como Madonna, Mick Jagger, David Bechkam, Britney Spears e outras (veja reportagem na página 44).

A organização responsável pelo surgimento da cabala pop é o Kabbalah Centre, uma escola de cabala fundada em 1984 na cidade de Los Angeles. Lá, como você pôde perceber ao ler o nome dos famosos, o acesso aos ensinamentos não é restrito a judeus. "Temos alunos de várias religiões", diz Yehuda Berg, um dos coordenadores do centro americano. "Não vejo problema nisso." 

Nem todos estudiosos aceitam a ideia de que a cabala deva ser acessível a todos. A atitude do Kabbalah Centre provocou reações indignadas de cabalistas mais tradicionais, como o iraquiano Yitzhak Kadouri, um dos mais importantes estudiosos da cabala no último século. "A cabala não é moda", disse em 2004, comentando a adesão de Madonna ao misticismo. "Ela deve ser estudada somente por judeus." 

Controvérsias à parte, a verdade é que a cabala ganhou milhares de aspirantes de diversas religiões nos últimos anos. Mas essa não é a primeira vez que acontece esse tipo de "sincretismo". Veja a seguir como diversas crenças e religiões encontraram na cabala uma parceira de peso.




Parcerias poderosas

Durante o Renascimento, a cabala despertou interesse de grupos místicos cristãos, intrigados com a compatibilidade entre as duas tradições. O resultado foi a criação da cabala cristã (ou católica), que levou novos níveis de interpretação aos textos sagrados cristãos. "Considero Jesus um mestre de cabala", diz Mecler. Um sincretismo mais profundo resultou no surgimento da chamada cabala hermética, que reúne ensinamentos de gnosticismo, alquimia, astrologia, religiões egípcia, greco-romana e pagãs, tarô, tantra, maçonaria, hermeticismo, neoplatonismo, hinduísmo e budismo, em uma espécie de síntese de todas as tradições místicas ditas autênticas. Outra variante é a cabala prática, que trabalhava com o uso da magia, incluindo a criação de amuletos e encantamentos, e teve seu apogeu na Idade Média (veja reportagem na página 62).

Mas, além dessas tradições cabalísticas distintas, a própria cabala judaica tem diferentes correntes. Uma delas é a já citada cabala pop. Outra variante tem como expoente o Bnei Baruch Kabbalah Education & Research Institute, fundado em 1991. Autodenominado o maior grupo de cabalistas em Israel, o Bnei Baruch não considera a cabala um misticismo, mas "uma ferramenta científica para o estudo do mundo espiritual". A proposta deles para compreender o Universo é aliar os estudos científicos da física, da química e da biologia às ferramentas cabalísticas. Seu fundador e atual diretor, o filósofo Michael Laitman, é Ph.D. em cabala pela Academia Russa de Ciências e mestre em biocibernética médica.

Além dessas e, claro, do judaísmo hassídico, existem outras correntes - mais conservadoras, mais literais, mais flexíveis... "Cada escola se liga mais em um ou outro mestre", esclarece Mecler. As diferenças são na ênfase em cada aspecto da sabedoria, mas todas seguem a base comum dos textos sagrados e da tradição oral. "Existem muitos mestres, e cada um pode escolher aquele com o qual se identifica, mas não há diferença na base do ensinamento", diz Lemle. Afinal, como costumam dizer, "a Verdade é uma só". Que tal conhecer um pouco dela?


Deus-infinito

Assim como a religião judaica, a cabala afirma que tudo o que existe vem de Deus. Entretanto, o Deus único não é compreendido exatamente da mesma maneira. Se, para a religião tradicional, Deus é o todo-poderoso Criador de todas as coisas, para a cabala Ele não é somente o Criador mas é também a Criação. Ou seja, a Criação não é dissociada do Criador, mas parte d’Ele. A existência de Deus não seria, portanto, distinta do espaço e do tempo; o espaço e o tempo estariam contidos no próprio Deus-Infinito. Mas não vá pensando que já entendeu, porque isso não é assim tão simples. E nem imagine que essas racionalizações vão proporcionar a você um entendimento profundo de Deus. Por um simples fato: segundo a cabala, ou mesmo a religião judaica, o Deus-Infinito não pode ser compreendido pela nossa mente física limitada. 

Claro que, apesar disso, os cabalistas não deixam de estudar esses ensinamentos, porque os consideram fundamentais para prosseguir no caminho da evolução espiritual. Um dos estudos mais importantes é justamente o que diz respeito à natureza da divindade. Para começar, os cabalistas preferem o termo Deus-Infinito - uma tradução para ??? ??? (lê-se da direita para a esquerda), ou Ein Sof, aquele que veio antes de tudo, que precede a Criação. Veja o que diz o Zohar sobre o Ein Sof: "Antes de dar qualquer formato ao mundo, antes de produzir qualquer forma, Ele estava só, sem forma e sem semelhança com qualquer outra coisa. Quem então pode compreender como Ele era antes da Criação? Por isso é proibido emprestar-Lhe qualquer forma ou similitude, ou mesmo chamá-Lo pelo Seu nome sagrado, ou indicá-Lo por uma simples letra ou um único ponto... Mas, depois que Ele criou a forma do Homem Celestial, Ele a usou como um veículo por onde descer, e Ele deseja ser chamado por Sua forma, que é o nome sagrado ‘YHWH’".

Pode parecer estranho não poder dar um nome a Deus, tornando-o de certa maneira inacessível para os homens. Afinal, se é assim, como pode existir uma experiência mística que permite esse acesso? Bem, a cabala explica que o contato com Deus é realizado indiretamente, por meio de um de seus desdobramentos. "Para tornar-se ativo e criativo, Deus criou as 10 sefirot ou emanações. As sefirot formam a Árvore da Vida, que representa os aspectos de Deus existentes dentro de nós", explica o rabino Alanati. Ou seja, uma maneira de ter o contato místico com Deus é através de uma das 10 sefirot, as mesmas representadas no famoso diagrama. Alanati explica que as 7 esferas mais baixas estão diretamente relacionadas com os 7 dias da Criação descritos no livro do Gênese.

Mas como teria se dado exatamente a Criação? A cabala tem um livro dedicado a esse tema: o já citado Sefer Yitizirah. O texto ensina que a primeira emanação do Ein Sof foi ruach (espírito/ar), que em seguida gerou fogo, responsável por formar água. A existência real dessas substâncias potenciais foi comandada por Deus, que as utilizou como matérias-primas de toda a Criação. Por exemplo, a água deu origem à terra, o fogo originou o céu e o ar ocupou o espaço entre eles para formar nosso planeta. Ainda segundo o Sefer, o Cosmos é dividido em 3 partes (cada uma delas contendo uma combinação dos 3 elementos primordiais): o mundo (ou, com alguma abstração, o espaço), o ano (tempo) e o homem.

A cabala divide o Universo em 4 planos de existência, divididos hierarquicamente a partir da emanação do Ein Sof até nós. Nessa ordem, teríamos então: o Atziluth (Mundo da Emanação ou das Causas), que recebe a luz diretamente do Ein Sof; o Beri’ah (Mundo da Criação), onde não há matéria e onde moram os anjos de mais alta hierarquia; o Yitizirah (Mundo da Formação), onde a Criação assume forma material; e o Assiah (Mundo da Ação), onde se completa a Criação e se localiza todo o Universo físico e suas criaturas. No sistema luriânico, um quinto mundo é mencionado, acima do primeiro, e que serviria de mediação entre o Ein Sof e o Mundo da Emanação.


Planos superiores

É curioso observar que, na cabala luriânica, desenvolvida no século 16 pelo rabino Isaac Luria, há um conceito que lembra a Teoria do Big Bang. Segundo essa linha cabalística, a primeira ação de Ein Sof para criar o Universo teria sido uma contração sobre si mesmo, que teria provocado uma catástrofe inicial chamada tohu, gerando um vácuo. Em seguida, esse váculo teria sido preenchido com as emanações divinas (de uma maneira explosiva, tendo em vista a grande velocidade dos acontecimentos narrados) e, a seguir, "retificado" nos mundos que você conheceu no parágrafo anterior.

Enquanto estiver no Mundo da Ação, o homem está sujeito a dirigir o corpo físico que lhe foi concedido, mas seu objetivo deve ser sempre o mesmo: aprender e evoluir para ascender aos planos superiores. "O judaísmo acredita que a alma é eterna e subdividida", diz Alanati. "A vida continua em outras realidades além da nossa, aguardando a ressurreição. A cabala é a única corrente dentro do judaísmo que defende o conceito de reencarnação: algumas almas retornam a este mundo em outro corpo, até acabar de cumprir a sua missão. Ou então elas voltam para nos trazer bênçãos e luz através de seu ser altamente desenvolvido". Segundo ele, seria possível uma alma atingir o estágio de evolução necessário em uma única vida, mas é comum receber mais algumas chances, num processo de reencarnação que também faz parte dos aprendizados evolutivos.

Segundo a cabala, a alma humana é dividida em 3 partes básicas. A mais "baixa", chamada nefesh, é a parte animal, responsável pelos instintos e reflexos corporais. Acima dessa estaria ruach, o espírito ou alma média, que contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o que é bom e o que é ruim. A alma alta, neshamah, seria a terceira parte, que representa o intelecto e distingue o homem das outras formas de vida, por permitir a vida após a morte. É a neshamah que permite a percepção da existência de Deus.

Outras duas partes da alma humana são discutidas no Zohar: chayyah, que permite a consciência da força divina, e yehidah, a parte da alma que é alta o suficiente para atingir o maior nível possível de união com o Criador. "A meta é alcançar o propósito para o qual fomos criados: a equivalência de forma com a Força Superior. Todo o trabalho na cabala tem esse objetivo", resume Marcelo. Na hipótese remota de a humanidade finalmente se unir ao Criador, em uma fusão completa e perfeita, o que aconteceria? O fim do mundo? O começo de uma nova e gloriosa Criação? Bom, isso nem mesmo os mestres cabalistas sabem responder... 





VOLTA ÀS ORIGENS

Grupo de jovens israelenses se reúne em uma caverna perto da vila de Beit Meir, em Jerusalém, para estudar a cabala, em maio de 2010. Uma vez por semana, cerca de 12 judeus ortodoxos se encontram nesta caverna perto da cidade sagrada para repetir um ritual antigo: analisar e discutir, por horas a fio, os textos de livros como o Zohar. 


FESTA MÍSTICA

Mais de 2 mil estudantes da cabala se reuniram na Times Square, em Nova York, para celebrar a chegada do Ano-Novo Judeu, Rosh Hashana, em setembro de 2001. O canto, a dança e as vestes brancas são típicos de uma nova geração de cabalistas, que considera a festa, a celebração e a alegria tão importantes quanto a meditação e as longas sessões de estudo dos textos antigos. 


LADO A LADO

Judeus ortodoxos e soldados israelenses rezam juntos na tumba do rabino Isaac Luria, em Safed, Israel. Luria, um dos mais importantes cabalistas de todos os tempos, foi o responsável pela renovação do misticismo no século 16 com a criação da cabala luriânica e a divulgação de seus ensinamentos para além dos círculos judaicos.

BANHO SAGRADO

Um judeu se banha nas águas geladas da Mikve HaAri, localizada em Safed, Israel. Cabalistas repetem há anos o ritual, prestando homenagem ao rabino Isaac Luria, que teria utilizado as mesmas águas no século 16. Alguns se banham todos os dias, mas o mais comum é realizar o ritual na véspera do Shabat.


SÓ PARA JUDEUS

O cabalista Yitzhak Kadouri segura um exemplar do Zohar na biblioteca de sua casa em Jerusalém, em 2004. Um dos maiores estudiosos contemporâneos da cabala, Kadouri ganhou notoriedade por sua influência política e por suas declarações polêmicas. Em 2004, durante visita de Madonna a Israel, ele se recusou a falar com a cantora, dizendo que "o estudo de cabala é proibido para as mulheres, e também para os que não são judeus".


A cabala no tempo 


Conheça a evolução da corrente mística judaica, da criação do Universo até os dias de hoje 

Criação
Origem - 3700 a.C.
Deus cria Adão. Há quem defenda que ele teria sido o primeiro conhecedor da cabala, obtida diretamente do Criador.

Patriarca - 1800 a.C.
Nasce Abraão, patriarca dos judeus, dos cristãos e dos muçulmanos. Para alguns, ele seria o primeiro conhecedor da cabala.

Êxodo - 1500 a.C.
O profeta Moisés teria recebido a cabala diretamente de Deus no monte Sinai, juntamente com a Torá e os Mandamentos.

Templo - 516 a.C.
É erguido o Segundo Templo em Jerusalém. A chamada Torá Oral é transmitida ao longo dos anos.

Formação
Diáspora - 70 D.C.
Perseguição romana e destruição do Segundo Templo. Segunda diáspora. Cabala é mantida em segredo.

Palácios - Séc. 1
É escrita a coleção de literatura judaica conhecida como Heichalot ("Os Palácios"), que inspirou motivos cabalísticos.

Manuscritos - Séc. 2
É escrito o livro Sefer Yitizirah, a obra mais antiga do chamado esoterismo judaico. Segundo a tradição, é escrito também o Zohar, no idioma aramaico, pelo rabino Shimon bar Yochai.

Título - Séc. 11
O termo cabala passa a ser usado para identificar o misticismo judaico. Não há consenso se o pioneiro nesse uso foi o filósofo judeu Shlomo ibn Gevirol ou o cabalista espanhol Bahya ben Ahser. 

Expansão
Redescoberta - Séc. 13

O Zohar é descoberto (ou escrito, segundo alguns estudos) e distribuído pelo escritor judeu-espanhol Moisés de León.

Renovação - Séc. 16
Sábios cabalistas refugiam-se na cidade de Safed, em Israel: entre eles está Isaac Luria, criador da cabala luriânica. 

Vivência - Séc. 18
Fundado pelo rabino e místico judeu Baal Shem Tov, o judaísmo hassídico, ramo ortodoxo que prega a vivência mística da fé judaica, populariza uma forma mais simples de cabala no Leste Europeu. 

Tradução - Séc. 20
O rabino Yehuda Ashlag, fundador do Kabbalah Centre de Israel, completa em 1922 a primeira tradução do Zohar para o hebraico moderno. Em 1984, Philip Berg funda o Kabbalah Centre de Los Angeles. 

Ao acompanhar esta linha do tempo, você vai notar algumas discrepâncias entre o que dizem as tradições judaicas e a opinião dos estudiosos. O caso mais exemplar é o do Zohar: no século 13, Moisés de León distribuiu a primeira versão escrita da obra, alegando que havia encontrado os manuscritos originais, do século 2. Conta-se, porém, que um homem rico ofereceu à viúva de Moisés de León uma alta soma de dinheiro pelos originais. Desolada, ela teria confessado que seu marido era o verdadeiro autorória do misticismo judaico e saiba como a cabala está conquistando o planeta.





segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

As Cruzadas




por Prof Patrícia Barboza 
URGS
As Cruzadas foram expedições organizadas pela nobreza sob a inspiração do Papado para libertar a Terra Santa, isto é, a Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, do domínio dos turcos. Estes, originários do Turquestão, haviam se convertido ao islã, e uma de suas tribos, os Seldjúlcidas ocupara, em meados do século XI, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e parte da Ásia Menor, proibindo as peregrinações de cristãos.

Para "salvar" a Europa Oriental e a Terra Santa o Papa Urbano II convocou a nobreza européia dando origem em 1095 a 1ª Cruzada, transformava assim a guerra tão comum no Ocidente, em "guerra contra os infiéis". As Cruzadas, que se estenderam até o século XIII, tiveram como principal motivação a fé, seguida do gosto pela aventura e pelo interesse de cidades italianas em incentivarem o comércio, que já existia, com os muçulmanos.


 Causas das Cruzadas





A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa; vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos muçulmanos. Portanto, em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Além disso, a Igreja pregava aos fiéis que se lutassem contra a ocupação da Terra Santa estariam agradando a Deus e conquistando um lugar no paraíso.

As Cruzadas representavam vantagens para a nobreza secundogênita, uma vez que apenas os primogênitos teriam direito de herança sobre a terra e os bens da família. Assim, os movimentos cruzadistas davam a esses nobres a chance de possuir terras, motivando-os a lutar contra os "infiéis".

A explosão demográfica foi outro fator para que ocorressem as expedições. A necessidade de obter terras para diminuir a pressão populacional na Europa foi decisiva o início do movimento.

Além disso, a Igreja queria diminuir a violência que era comum na Idade Média e estava presente em festas e banquetes com o intuito de divertir. Para isso, o clero decidiu redirecionar essa violência para causas mais "úteis". No caso, expulsar os mulçumanos de Jerusalém.

Os europeus tinham interesse também nos produtos orientais: especiarias(pimenta, cravo, canela, etc), tecidos, jóias, etc.


1ª Cruzada (1095-1099)

Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e Edessa, ficando estes praticamente independentes do rei de Jerusalém. Os expedicionários fundaram vários "Estados" no Oriente Próximo, conhecidos, então, pela denominação de Outremer, ou seja, "Além mar". Esses "Estados" estavam organizados segundo os padrões feudais.


2ª Cruzada (1147-1149)

Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.


3ª Cruzada (1189-1192)

Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba-Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.






4ª Cruzada (1202-1204)

A Quarta Cruzada teve grandes conseqüências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla. O papa Inocêncio III não gostou desta idéia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como meta derrubar o Imperador Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom pagamento pelo auxílio para que assumisse o Império. O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir suas promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. As relíquias das igrejas foram as mais visadas. O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e um patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina.


A Cruzada das crianças (1212)

Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder Divino e, por isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos portos do litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina. Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha, como escravos para os muçulmanos.


5ª Cruzada (1217-1221)

Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.



6ª Cruzada (1228-1229)

A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.


7ª Cruzada (1248-1250)

Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado resgate de 500 mil moedas de ouro.



8ª Cruzada (1270)

Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.


Conclusão

Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens.

Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura européia.

Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores. <!-- google_ad_section_end -->





domingo, 22 de fevereiro de 2015

Hierarquia Angelical


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. SERAFINS - príncipe Metatron (Metatron significa Rei dos Anjos em hebraico) - São descritos com seis asas e envolto por chamas de fogo, têm poderes de purificação e iluminação, difundem o princípio da vida universal e manifestam a glória de Deus. São os anjos cuja categoria mais se aproxima de Deus.

. QUERUBINS - príncipe Raziel - (Raziel é o o principe da originalidade e dos mistérios. Segundo a tradição judaica, Adão teve problemas de saúde; Raziel entregou um livro contendo todos os ensinamentos sobre as ervas que poderiam salvar a humanidade. Por este motivo, as grandes descobertas da medicina foram atribuídas a Raziel) - Os Querubins Trazem penas de pavão cheias de olhos, simbolizando a onisciência divina. Eles zelam pela ordenação do caos universal, pela sabedoria, e nos ofertam o conhecimento e as idéias. Os Querubins também ensinam que rir é o melhor remédio. 




. TRONOS - príncipe Tzaphkiel (a morada de Tzaphkiel chama-se harmonia; sentimos sua presença quando ouvimos música ou experimentamos sentimentos de serenidade) - Identificados por uma roda de fogo, cuidam do trono de Deus e apresentam o sentido de união ao homem. Proclamam a grandeza divina e inspiram os homens à arte, à poesia e à música. Tem como função promover a paz e a união entre os homens. Zelam pelo Trono de Deus. 

. DOMINAÇÕES - príncipe Tsadkiel (Tsadkiel cumpre a vontade de Deus através de seu poder e influência sobre a humanidade) - Almejam a verdadeira soberania e têm no cetro e na espada seus símbolos do poder divino sobre a criação. Afloram no homem a força para subjugar o inimigo interior. Auxiliam as questões ou conflitos que necessitam de solução imediata. despertam no homem a força para dominar a si mesmo. São os Governadores do Universo.

. POTÊNCIAS - príncipe Camael - São representados com espadas flamejantes. Responsabilizam-se pela ordem e protegem a humanidade dos inimigos exteriores. Zelam pelos elementos água, terra, fogo e ar. Favorecem a perpetuação de todas as espécies que existem na Natureza. Conferem proteção contra o desequelíbrio do meio-ambiente. Sua energia é mais intensa próxima à floresta, aos rios e aos lagos.

. VIRTUDES - príncipe Haniel (Haniel é conhecido como Chefe dos Cupidos; ele promove o encontro entre as almas gêmeas)- prodígios e os milagres da cura. Expressam a vontade de Deus e zelam pelo reino mineral, oferecendo discernimento ao homem. Eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações.

. PRINCIPADOS - príncipe Raphael (Raphael é um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do SENHOR) - Responsáveis pelos reinos, estados e países, preservam também a fauna e a flora, os cristais e as riquezas da terra. Portam cetros e cruzes e vigiam as lideranças, pois atribuem ao homem a submissão. No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13). Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. 

. ARCANJOS - príncipe Mikael (Seu nome é invocado para dar força, energia, coragem e proteçãoe também ajudar nos assuntos financeiros. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos) - Responsáveis pelas transmissões de mensagens importantes e pela defesa dos países, pais ou da família. Também conhecidos como espíritos planetários lideram os anjos e são responsáveis pelo reino animal. Proporcionam dinamismo e vitória.

. ANJOS - príncipe Gabriel (Gabriel e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria) - São seres de luz que zelam pela gênese do homem e seu desenvolvimento espiritual, sem ocuparem postos ou desempenharem atribuições especiais nas fileiras do exército celestial. Cuidam da segurança e intui a pessoa que estão sob sua guarda desde quado elas nascem. <!-- google_ad_section_end -->




sábado, 21 de fevereiro de 2015

A Pluralidade Religiosa


A religião no Brasil sob a visão dos sociólogos

Contrariamente às previsões dos sociólogos no início do século XX, o campo religioso brasileiro não experimentou o "desencantamento do mundo", ao contrário, tem experimentado intensamente o seu "re-encantamento". Isso demonstra que, enquanto a sociedade se esforça por ser moderna e profana, seus indivíduos, andando na contramão recorrem aos apelos sobrenaturais, deixando claro que o comportamento fundado exclusivamente na razão não alcança todos os lugares e que o religioso sobrevive. Quando se lança o olhar para os lados, percebe-se que o sagrado está em toda parte, se por um lado a sociedade demonstra não precisar de deus, por outro, o indivíduo recuperou o milagre, recuperou o contato com o outro mundo e com a possibilidade de buscar ajuda diretamente dos seres (humanos ou não), dotados da capacidade não-humana de interferência nas fontes materiais e não-materiais de aflição. Construíram de novo os velhos ídolos, re-aprenderam as antigas rezas e os já quase esquecidos encantamentos, ergueram templos sem-fim, converteram multidões, refizeram códigos de éticas e preceitos morais religiosos, desafiaram os tempos e até mesmo se propuseram à guerra. (Prandi 1996 pg. 24).

Para Prandi, no Brasil, que já não é um país de hegemonia religiosa, aproximadamente um terço da população adulta (26%) já teria passado por uma "experiência de conversão" religiosa. Evidentemente, que os critérios utilizados como"As ciências sociais, desde as análises mais remotas Frazer (1991), Durkheim (1989), Mauss (1974) e Evans-Pritchard (1978) têm discutido com muito interesse as relações entre magia e religião. De uma maneira geral, os maiores expoentes dessas disciplinas aceitaram com tranquilidade a existência de uma oposição entre religião e magia. Para Levy-Brühl a magia seria uma conseqüência de uma mentalidade pré-lógica, primitiva ou selvagem. Derkheim (1989:74) encarava a magia como um conjunto de procedimentos que persegue "fins técnicos e utilitários" e, para atingir seus objetivos, invoca forças, inclusive demoníacas, para fazer delas "instrumento de ação mágica". Para Durkheim, a magia inverte os rituais da religião, se opondo a ela em algum ponto, estabelecendo assim oposição entre mágicos e sacerdotes" (Campos 1999, 41).

Gilles Lipovetsky escreveu um livro denominado "O império do efêmero" onde defende a tese de que não havendo teles, verdade etc. sobra a experiência momentânea e o consumo.

A sociedade, no entender de Peter Berger, "é um fenômeno dialético por ser um produto humano e nada mais que um produto humano, que no entanto retrage continuamente sobre o seu produtor. A sociedade é um produto do homem (...) A sociedade existia antes que o indivíduo nascesse, e continuará a existir após sua morte. Mais ainda, é dentro da sociedade, como resultado de processos sociais, que o indivíduo se torna uma pessoa, que ele atinge os vários projetos que constituem sua vida" (Berger, 1985 pg. 15). 4 paradigma para "conversão" variam, porém, não ultrapassam a esfera do indivíduo; isto significa que desde que a religião perdeu para o conhecimento laico-científico a prerrogativa de explicar e justificar a vida, nos seus mais variados aspectos, ela passou a interessar apenas em razão de seu alcance individual (Prandi 1996 pg. 260).

Portanto, ao ser colocada de lado pela sociedade, que se declara laica e racional, "a religião foi passando pouco a pouco para o território do indivíduo". A partir do momento em que este indivíduo não se encontra mais preso à religião de seus pais, ele se encontra livre para escolher o tipo de produto ou serviço religioso que vai buscar na "hora do aperto", este comportamento forçosamente modifica a concepção de "conversão", tornando-a completamente sem sentido. Se antigamente mudar de religião significava uma verdadeira ruptura com toda uma história de vida, valores, concepções etc., agora a conversão apenas se refere à benesse que o indivíduo pode obter ao adotar outra religião, como se o fiel representasse tão somente um consumidor, que recorresse a um supermercado com muitas prateleiras e adquirisse apenas os bens e serviços que atendesse a seus anseios e necessidades naquele momento. A religião tornou-se uma mercadoria que vale o quanto for sua eficiência, aliás, brilhantemente defendida por Berger e Luckmann:

"Se quiserem sobreviver, as Igrejas devem atender sempre mais aos desejos de seus membros. A oferta das Igrejas deve comprovar-se num mercado livre. As pessoas que aceitam a oferta tornam-se um grupo de consumidores. Por mais que os teólogos se ericem, a sabedoria do velho ditado comercial � 'o freguês tem sempre razão' �impõe-se também às Igrejas. Elas nem sempre seguem o ditado, mas freqüentemente o fazem" (Berger e Luckmann, 2004 p. 61).

Nesse sentido, o avivamento do sagrado, a recuperação da relação com o sobrenatural, se dá pela via que se convencionou chamar de religiões de consumo, aquelas ditas mágicas ou da religião que "resolve", da fé de "resultados", "aqui e agora". Assim, multiplicam-se as opções de religiosidade mística, que substituem as ênfases dadas tradicionalmente às ações sociais, dando origem aos movimentos carismáticos na igreja Católica e ao denominado neopentecostalismo. Seriam estes os sinais do 'pós-modernismo' (ou do modernismo inacabado):

"Os estudiosos têm vinculado o protestantismo ao processo de modernização do mundo ocidental. Então, que transformações a religião experimenta se aceitarmos a substituição do período da modernização pelo advento de uma era de pós-modernização? Há alguma relação entre o surgimento do neopentecostalismo e a pós-modernidade?[6] (...) Porque há muitos que tentam efetuar tal análise sem perceber a existência de uma controvertida discussão sobre a oposição 'modernidade' e 'pósmodernidade'" (Campos, 1999, pg. 46).

Vamos em seguida, tentar entender o pluralismo e sentido religioso, trataremos o tema de maneira prática e suficiente para atingir o objetivo deste artigo.


A globalização na religião de hoje


A partir da modernidade e até os dias atuais, muitos fatos econômicos, políticos, culturais e religiosos, têm acontecido, tanto de ordem mundial quanto nacional, marcando profundamente nossa sociedade. O fenômeno religioso está inserido neste contexto, considerando que a religião tem um profundo significado social. Na antiguidade e idade medieval, o ser humano, ao pensar o mundo e suas ordens, pensava o sobrenatural e entendia o mundo a partir da ótica do sobrenatural. Os dogmas faziam parte da vida das pessoas. Prevalecia o teocentrismo, isto é, Deus, a religião, a fé, era o centro de tudo. Na modernidade e principalmente com o advento do antropocentrismo, o centro passa a ser o homem. Com Galileu Galilei há ruptura entre a ciência e a religião. Os fundamentos passam a ser o estado e o mercado, a religião passa a ser uma questão de opção. Já o homem pós-moderno busca Deus na interioridade, busca a religião dentro de si mesmo e, comumente fala de um Deus que é energia, força. Na pós-modernidade todos os caminhos são válidos para a pessoa encontrar-se consigo mesmo.

No campo religioso Brasileiro, percebe-se claramente a influência destes movimentos e, no entender de Ricardo Mariano, outro forte impacto recebido por este  campo, foi a separação entre o Estado e a religião. Esta tendência, aliás, natural nos Estados liberais, preconizou a neutralidade religiosa do Estado e a restrição da religião à vida privada ou à particularidade das consciências individuais. Se por um lado isto foi visto com muita simpatia pelas religiões que não eram a preferida pelo Estado, por outro, o Estado, agora secularizado, passa a ter que garantir a proteção a diferentes religiões. Assim, cultos, cerimônias, liturgias e doutrinas, das mais diversas origens passam a ter proteção legal.

"(...) a separação Igreja-Estado rompeu definitivamente o monopólio católico, abrindo caminho para que outros grupos religiosos, em especial os mais motivados, militantes e competentes nas artes de atrair, persuadir e recrutar adeptos e de mantê-los religiosamente mobilizados, pudessem conquistar espaço, avançar numericamente, adquirir legitimidade social e consolidar sua presença institucional, mesmo que minoritária, nesse país cujo campo religioso foi durante a maior parte de sua história dominado por uma religião hegemônica privilegiada de diversas formas e incontáveis vezes pelo Estado".

Assim, proporcionalmente ao crescimento da liberdade, cresceu também a variedade dos concorrentes neste mercado de bens simbólicos, cresceu assustadoramente a diversificação e o volume de produtos e serviços (religiosos) oferecidos aos mais distintos nichos, segmentos e demandas do mercado religioso.

Para Peter Berger, adversidade religiosa possui um caráter secularizador por multiplicar o número de estrutura de plausibilidade, por relativizar o conteúdo dos discursos religiosos concorrentes, tornando-os privados e em razão disso gerando ceticismo e descrença. 

Por outro lado, pesquisadores americanos interpretam o pluralismo religioso como evidência da fraqueza da religião a partir da modernidade e constatam que a participação religiosa é mais alta onde um número proporcionalmente maior de empresas religiosas competem.

Ou seja, quanto mais desenvolvido for o pluralismo religioso maior será a mobilização e a participação religiosa do conjunto da população. É importante salientar que pluralismo religioso é tratado aqui, não apenas como a multiplicidade de grupos religiosos sistematicamente organizados, mas também diferentes concepções religiosas, diferentes maneiras de visão religiosa.

Seitas e religiões podem mudar sentimentos de injustiça social, por exemplo, em formas relativamente inofensivas para a sociedade. Segundo Berger:





"Se é necessário que se construam mundos, é muito difícil mantê-los em funcionamento". Para isso, seria preciso a disseminação de idéias. Pode-se encontrar idéias, que estimulam o homem a "salvar o mundo". Elas oferecem ao homem o céu e não apenas as condições objetivas. Nesta área de tão vastas possibilidades de transcendência, a religião tem o poder, o amor e a dignidade da imaginação e, nesse nível, o simbólico satisfaz qualquer carência ou desejo. Deus, ou qualquer entidade supra terrena tem o poder de reduzir conflitos e encaminhar soluções. De um modo ou de outro, essas tentativas, buscas e anseios, explicam uma necessidade humana: inteligibilidade do mundo, identificando razões, motivos e intenções. Alves (1985).

O homem ao buscar na religião o instrumento para suas respostas encontra, via de regra, todas as alternativas prontas. A critica, se aceita, pode induzir a negação e, neste campo, não é permitido. As pessoas não podem ser convencidas a abandonar suas idéias religiosas. Idéias são ecos, fumaça, sintomas. Se elas têm idéias é porque a situação as exige.(Alves, 1981, p. 42). O pluralismo religioso vivido pelo brasileiro, no entanto, tem trazido uma intensificação do descrédito no sagrado. A decepção do crente, no momento em que não consegue ter suas necessidades imediatas atendidas, tem feito com que cresça assustadoramente o número dos "sem religião" nas estatísticas oficiais. É uma espécie de diluição da religião, onde o grande número de alternativas, crenças, santos, igrejas, cultos, missas etc. que, efetivamente, não tem aproximado o indivíduo do sagrado, muito pelo contrário, tem distanciado e frustrado.

São os efeitos da modernidade, da pós-modernidade ou o crescente distanciamento do homem daquele "sentido para vida" prometido pela religião.


Religião no passado e no presente


Diante dos desafios que nos propõe esta nova época na que estamos imersos, renovamos a nossa fé, proclamando com alegria a todos os homens e mulheres do nosso mundo: Somos amados e remidos em Jesus, filho de Deus, e Ressuscitado, vivo no meio de nós.

Mesmo atravessando as freqüentes referências ao efeito paralisador exercido durante um longo tempo pela Igreja Católica no qual surgiram alguns desacertos, algumas omissões, não podemos deixar de ressaltar os contínuos esforços empregados pela própria Igreja não só com o propósito de se redimir, mas, acima de tudo de renovar-se alargando caminhos, buscando um elo de união mais forte com o seu povo, dando um verdadeiro sentido de Família Cristã.

É só voltarmos ao passado e lembrarmos como tudo era diferente: a Santa Missa celebrada no latim, língua mãe, passou a ser língua vernácula. A postura do Padre, indiferente aos fiéis, reservado, limitado, vivendo um mundo cheio de tabus impostos pelo Clero, podando dessa forma a sua capacidade evangelizadora. Os sacerdotes eram ministrados automaticamente, ou seja, sem que ninguém soubesse o seu grandioso conteúdo. O sentido de pecado atingia uma proporção gigantesca por se encontrarem ainda adormecidos na fé e no propósito de vida escolhido por Jesus, o qual sempre se resumiu no amor, na partilha e na caridade.

Com o passar do tempo e, mantendo-se nessa rigidez, a religião começou a ser abolida por muitos católicos, dando livre arbítrio de atuação e interpretação a cada pessoa.

Essa maneira de agir chocou o próprio ser humanos por ser ela (a religião) um porto para a nossa sobrevivência, por necessitar-mos de um leme, de uma luz, de alguém que supere todo o nosso eu, para que nos espelhemos em suas virtudes e nos ajude a dissipar as sombras que vão se tornando densas ao nosso redor, abrindo espaços para que a desesperança se aloje em nossos corações.

Porém, volto a dizer: o Deus Criador de todas as coisas continua vivo, diante de cada um de nós, esperando uma oportunidade para atuar. Hoje, graças a esses acertos e desacertos, vivemos a religião de uma forma mais ampla, mais nítida, mais participativa.

Nós, os leigos, somos atuantes em vários setores da Igreja, em várias pastorais e vivemos em sintonia com os pastores os quais atuam como verdadeiros renovadores da Fé, mestres dedicados, nos proporcionando um amplo campo de ação para que assumamos a responsabilidade e a missão de levar a Luz do Evangelho à vida pública, cultural, econômica e política.

Os preceitos cristãos se mantêm firmes. A prudência e a retidão são componentes necessários à busca da identificação com o Mestre através da coerência entre a fé e a vida. Temos que ressaltar o crescimento, a fluência de crianças, jovens e adultos nas diversas atividades religiosas. Ame-se e saberá amar...

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